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domingo, 23 de junho de 2013

O FUTURO DO BRASIL

Juventude, Sociedade e Democracia

É recorrente ouvirmos e até dizermos que a juventude não se interessa por política. Em todos os cantos do país, do Oiapoque ao Chuí, escutamos que jovens, homens e mulheres não se inserem nos problemas que dizem respeito a nossa sociedade e portanto não tomam partido sobre as decisões políticas que regem a forma de vida da população. Essas afirmações são empíricas e aos poucos vão caindo por terra, pois não acompanham o atual contexto histórico de nossa época.

A participação política da juventude é crescente e novas de engajamento nas questões sociais são criadas. Permanecem permanente a militância dos jovens em espaços tradicionais, como agremiações estudantis e defesa de bandeiras políticas, porém com o passar dos anos suas ações tem avançado por outras áreas não tradicionais. A construção da cidadania se dá também pelo acesso a justiça, a cultura, ao esporte, ao lazer e outras formas de inserção do cidadão nas relações de interesse coletivo. Sendo assim, surgem movimentos juvenis engajados em ações promotoras da cidadania em áreas como: meio ambiente, cultura, educação, esporte, laser e etc.

A atuação dos jovens gerou uma luta por políticas públicas, abriu novos espaços de diálogo com o espaço brasileiro, exemplo disso são os fóruns, conselhos e conferências. A participação dentro e fora das escolas, nos locais de trabalho, nas comunidades e outras áreas dão força a população junto ao poder público.

A melhora da qualidade de vida no  Brasil está diretamente relacionada a participação insersante dos jovens nas questões de interesse da sociedade como um todo.

Torna-se cada vez maior o engajamento de jovens dentro dos partidos políticos, que faz despertar a esperança de uma país mais justo e igualitário.

Que continue o avanço pela conquistas da juventude e que a sociedade conceda cada vez mais espaço para atuação dos jovens do Brasil de hoje em pró do Brasil de amanhã.  

E-mail: professorlaudelino@ig.com.br



sexta-feira, 3 de maio de 2013

Curto Circuito


Está sendo orquestrado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) o maior golpe na república brasileira desde o primeiro de abril de 1964. E há uma enorme relação entre ambos (em tempo: não acho que passará em plenário)
Em votação simbólica, a CCJ aprovou um projeto de emenda constitucional que, na prática, acaba com duas prerrogativas do Supremo Tribunal Federal (STF). O controle constitucional e com a súmula vinculante, uma espécie de jurisprudência que obriga decisões de outras instâncias no mesmo sentido.
Segundo a PEC, o STF só poderia declarar a inconstitucionalidade de uma lei por uma maioria de 4/5 dos votos, uma quase unanimidade. Além, esta declaração ainda teria que ser aprovada pelo Congresso depois da decisão do Supremo.
Ou seja, se a PEC for aprovada teremos um Guardião da Constituição e um Guardião do Guardião da Constituição.
Em outras palavras. Curto-circuito. O legislativo se arvorará a julgar se as leis que ele criou são ou não legais. Curioso desenho. O congresso faz uma lei, o STF declara que é inconstitucional, o Congresso – que a fez – reitera sua constitucionalidade.
Neste caso de conflito, decidiria o povo. Em um primeiro momento, parece interessante. Mas o povo aparece sempre como último refúgio. É preciso ter muito cuidado com a defesa da democracia direta ou plebiscitária. Como já sabia Sócrates, pode ser converter em uma tirania da maioria, e isso significa por em riscos as minorias.
*****
De maneira estabanada, e politicamente orientada, alguns analistas atribuíram este ataque da CCJ à retaliação por conta do julgamento do “Mensalão”. É preciso muita imaginação e criatividade para enxergar em um Projeto de Emenda Constitucional que versa sobre a súmula vinculante e sobre o foro adequado para se declarar a constitucionalidade de uma lei algo que tenha qualquer relação com o “mensalão”.
Matérias distintas, prerrogativas idem.
Outros apontam que a irritação dos deputados seria por conta da aprovação, na Corte, do casamento igualitário.
Aqui temos um ponto. O proponente da PEC demonstrou claramente sua revolta com o STF fazer o “papel de legislador” quando aceitou a constitucionalidade do casamento igualitário e do aborto de anencéfalos.
Pululalam críticas ao “ativismo judiciário” ou à “judicialização da política”.
Esta ótica é completamente descabida de sentido. Só aqueles que querem crer na neutralidade política da lei podem acreditar nisso. A Constituição, Carta Magna, é antes de tudo um documento político!
Quem tem o poder de interpretá-la, quem “guarda a constituição”, é, logo, um ator político. Quem interpreta as normas, as cria também. E quem tem a prerrogativa de interpretação final, é, em última instância, o legislador final.
Mas isso revela o caráter político do jurídico, o que é inconveniente à ideologia do direito.
Assim, o Supremo Tribunal é um órgão político e, logo, também legiferante. E o é em qualquer lugar do mundo.
*****
O que, então, se passa na CCJ?
Para entender é necessário, primeiro, ver a sua composição e os votos. A proposta desta PEC veio do deputado Nazareno Fontelenes (PT-PI), o que motivou a interpretação politicamente enviesada já mencionada acima, por parte de uma grande revista nacional.
Acusou-se, claro, o PT. Seria um projeto do partido para dar um golpe institucional e calar o STF por conta do “Mensalão”. Parece que funciona para a classe média: culpe o PT por toda e qualquer coisa.
Mas esqueceram que o relator da PEC era João Campos (PSDB-GO), que deu parecer favorável.
Esqueceram também que foi uma votação simbólica, o que significa um certo consenso dentro Comissão de Constituição e Justiça. Ou seja, a PEC 33/2011 não representa um partido, o governo ou a oposição, mas o Congresso Nacional, ou uma parte dele.
Neste sentido, Fernando Limongi foi preciso. Percebeu que é uma briga de poderes, não de partidos.
Mas a intenção do Congresso não é nobre e nem visa reestabelecer o equilíbrio entre os poderes dado o “casuísmo” do Supremo Tribunal. O Congresso age para aumentar seu poder e, consequentemente, o custo de sua barganha.
Há dois vetores diferentes mas que, curiosamente, se complementam. O vetor vertical é a tendência ao “governismo” que é incentivado pelas regras do jogo. Dada a distribuição de recursos e uma centralização destes em verbas com alto grau de discricionariedade. Isso faz com que seja muito custoso pra um deputado se manter, de fato, não de direito, na oposição.
Assim, o Executivo tem – não sem muita negociação – uma base considerável, que lhe dá, em matérias programáticas, garante a estabilidade do governo e a aprovação das suas pautas.
Mas há um outro vetor, horizontal, que diz respeito apenas ao interno, ao congresso em si mesmo e não na relação com o executivo. Neste sentido o congresso é uma instituição que transita, sem nenhuma contradição, entre a unidade e a fragmentação.
A fragmentação é bastante perceptível quando o olhamos na transversalidade. Bancadas de interesses perpassam os partidos, unem políticos de partidos adversários, separam colegas. A bancada de um estado se une para defendê-lo, os deputados do agrobusiness ou religiosa agem, muitas vezes, contra os valores que, teoricamente, seus partidos defendem.
Por outro lado, a unidade é dada pela ideia de corporação, de defesa de interesses do grupo, da função. Assim, antes de tudo, um deputado é ... deputado! Não de um partido ou de outro, representante de um estado, uma região. Ser deputado os une, mais que qualquer outra forma de identidade.
O que a PEC 33 significa, nesta decomposição de vetores?
Que a Comissão de Constituição e Justiça, auto-interessada, está tentando agir para aumentar o poder do Congresso sobre os outros dois poderes. Por isso foi aprovado de maneira simbólica e uniu tanta gente de partidos e intenções diferentes. Os motivos, aqui, somam-se ao invés de se contraporem.
O Congresso quer ser a esfera legislativa e a que controla a lei e a guarda. Ou seja, o Poder dos Poderes, a primeira e última instância. Um "Poder Constituinte permante" (na expressão do amigo Raphael Neves), que faz as leis e as julga procedentes.
Há, em curso, uma certa autonomização da representação legislativa, uma mudança da sua característica. Um processo em germe que trará consequências profundas (mas que não dá pra dizer ainda quais), e a aprovação da PEC 33 pela CCJ, mais do que qualquer outra coisa, revela este movimento.
Autor(es): Por Fernando Limongi
Valor Econômico - 30/04/2013
Divulgador: Laudelino Luiz Castro Tanajura
http://lattes.cnpq.br/8395140561318181
professorlaudelino@yahoo.com.br


sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Lei nº 12.683


Comissão trabalha na regulamentação da 
Lei de Lavagem de Dinheiro

Em 2012, foi sancionada a Lei nº 12.683, que alterou a Lei nº 9.613/1998 (conhecida como Lei de Prevenção à Lavagem de Dinheiro) e incluiu os profissionais e as organizações contábeis no rol de responsáveis, com dever de prestar informações ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF). Essa alteração atendeu aos tratados internacionais de prevenção e combate à lavagem de dinheiro, dos quais o Brasil é signatário, e já está presente na legislação de diversos países.
Logo após a sanção da Lei nº 12.683, representantes do CFC, da Fenacon e do Ibracon se reuniram com membros do COAF para discutir sua regulamentação. Na oportunidade, o presidente do Conselho, Antônio Gustavo Rodrigues, afirmou que a regulamentação é responsabilidade do órgão regulador da profissão - ou seja, o CFC. Ele garantiu ainda que o COAF iria fornecer a sua experiência como apoio a esse trabalho.
Com base nessa definição, o CFC criou uma comissão com representantes das três entidades - CFC, Fenacon e Ibracon - com o objetivo de preparar uma regulamentação para atender à Lei e auxiliar os profissionais.

Após várias reuniões, a comissão enviou ao COAF uma minuta de resolução, com base em modelo apresentado pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras, para apreciação e sugestões do órgão.
No dia 5 de fevereiro, foi realizada uma reunião da comissão com os representantes do COAF, com a finalidade de fazer o alinhamento das questões levantadas na apreciação da minuta e proceder aos ajustes necessários.
Nesta reunião, ficaram definidos alguns pontos considerados fundamentais para o conhecimento de todos os profissionais:
·         A Resolução nº 24, recentemente editada pelo COAF e com vigência a partir de 1º de março de 2013, não se aplica aos profissionais contábeis, uma vez que, de acordo com a Lei, o CFC é o órgão responsável pela regulamentação da profissão;
·         A comissão instituída pelo CFC, composta por representantes do CFC, Fenacon e Ibracon, com base na discussão da proposta de regulamentação, realizada com os representantes do COAF, finalizará a proposta de resolução que, em breve, será submetida ao Plenário do CFC para ser aprovada; e
·         Será dado um prazo para o início da vigência dessa resolução, para que os profissionais e as organizações contábeis se adaptem à regulamentação e tenham a obrigatoriedade de cumpri-la. Durante esse período, as entidades - CFC, Ibracon e Fenacon - realizarão eventos para disseminação das informações e esclarecimentos sobre a Lei e a resolução.

Participantes

Participaram da reunião do dia 5, realizada na sede do CFC, os seguintes
representantes do CFC: Enory Luiz Spinelli, João Alfredo de S. Santos, Sergio Faraco, Roberto Carlos F. Dias, Rodrigo Magalhães e Jaqueline Elmiro (CFC). A Fenacon foi representada por Guilherme Bottrel Pereira Tostes, vice-presidente da Região Sudeste. Por parte do Ibracon, esteve presente Marco Aurélio Fuchida, superintendente-geral, e Carlos Alberto de Sousa, diretor de Desenvolvimento Profissional.
A reunião contou ainda com a presença dos seguintes membros do COAF: Antônio Gustavo Rodrigues, presidente; Lélio Trida Sene, coordenador-geral de Normas; César Almeida, coordenador-geral de Supervisão; e Ricardo Liáo, conselheiro do COAF e representante do Banco Central do Brasil.

Fonte: Conselho Federal de Contabilidade, em www.cfc.org.br


http://congressocfc.org.br/email/Boletim_arquivos/FC.jpg.jpg     http://congressocfc.org.br/email/Boletim_arquivos/enac.jpg    http://congressocfc.org.br/email/Boletim_arquivos/bracon.jpg.jpg   

A alegria também se fez presente no 19 CBC.

A alegria também se fez presente no 19 CBC.
Eu e humorista Zé modesto após o show. (Foto dedicada ao meu sobrinho Victor Emerson)

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